Diabetes Melito (Tipo 1) - DM 1 -

O que é diabetes melito (tipo 1)?

   Diabetes melito (tipo 1) (ou diabetes mellitus (tipo 1)) - DM 1, é uma síndrome ocasionada pela ausência de insulina (hormônio) no organismo. Geralmente as pessoas com a síndrome, precisam de aplicações diárias de injeções de insulina.
   O diabetes melito (tipo 1) é causada quando o próprio corpo destrói, por engano, as células betas do pâncreas (células-β) produtoras de insulina, porque o organismo as identifica como sendo elementos estranhos. Isso é chamado de resposta auto-imune. Não se sabe exatamente por que isso acontece, mas se suspeita que alguns fatores como o fator genético, os fatores auto-anticorpos, os fatores causados por Vírus, os fatores causados por radicais livres do oxigênio (O2) e, em alguns casos, até mesmo os fatores causados pelo leite de vaca (ainda não se tem certeza), podem estar ligados ao desenvolvimento desse tipo de diabetes.
   Os principais sinais e sintomas das pessoas com diabetes melito (tipo 1), com níveis mal controlados de glicose (açúcar) no sangue, podem ser:
- Muita sede (polidipsia - sede execiva, com o aumento de ingestão de líquidos).
- Vontade de urinar diversas vezes exageradamente (poliúria - secreção excessiva de urina).
- Fome exagerada (polifagia - apetite excecivo, com o aumento da ingestão de alimentos).
- Perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o habitual).
- Visão embaçada ou borrada.
- Infecções repetidas na pele ou nas mucosas.
- Machucados que demoram a cicatrizar.
- Fadiga (cansaço inexplicável em excesso).
- Dores nas pernas causadas pela má circulação.
   Esses sintomas não aparecem necessariamente juntos, mas a presença de um ou mais sintomas podem ser causas do diabetes melito (tipo 1).
   As complicações, com o não tratamento, ou com o seu tratamento incorreto, fazem com que o diabetes melito (tipo 1) evolua para outros males crônicos, tais como:
- Retinopatia diabética: lesões que aparecem na camada mais interna dos olhos (retina), levando a sangramentos e perda da acuidade visual (perda do poder de resolução do sistema óptico).
- Nefropatia diabética: alterações dos vasos sangüíneos dos rins que provocam perda de proteína pela urina e compromete o bom funcionamento dos rins.
- Neuropatia diabética: lesões nos nervos, sendo que os nervos podem ficar incapazes de emitir as mensagens do cérebro, podendo emiti-las na hora errada ou muito lentamente, o que causa formigamentos, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos, dores locais, fraqueza, atrofia muscular, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência.
- Pé diabético: por poder ter neuropatia e má circulação sanguínea, os diabéticos (tipo 1) precisam ficar atentos a qualquer ferimento, principalmente nos membros inferiores do corpo. Os pés são mais vulneráveis e por isso merecem atenção especial. O aparecimento de úlceras, com ou sem infecção, podem comprometer o membro afetado e dependendo da gravidade, torna-se necessária sua amputação.
- Infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (derrames) em diabéticos: essas complicações podem correr em diabéticos (tipo 1), causada quando grandes vasos sanguíneos são afetados e causam obstruções de órgãos vitais como o coração e o cérebro.
- Infecções diabéticas: o sistema imunológico do diabético (tipo 1) também pode ser afetado pela alteração do metabolismo da glicose no corpo, aumentando o risco de contrair algumas infecções. Para piorar a situação, se não for controlado, o alto índice de glicose no sangue se torna terreno ideal para alguns invasores (fungos, bactérias, etc.). Portanto, áreas como a boca e a gengiva, os pulmões, a pele, os pés, a genitália, e também as incisões cirúrgicas, estão sujeitos a este risco. Ferimentos em geral portanto, podem se tornar verdadeiras portas de entrada de microorganismos no corpo.
   Para o tratamento do diabetes melito (tipo 1), na maioria dos casos, é necessário:
- Aplicações diárias de injeções de insulina (insulina sintética humana), uma vez que o organismo não produz mais esse hormônio. A quantidade de insulina aplicada dependerá do controle da taxa glicêmica (taxa de glicemia no sangue).
- Dieta alimentar especifica, já que a alimentação é fator de aumento da glicemia (taxa de glicose no sangue).
- Exercícios físicos de baixo impacto, como complemento do tratamento, já que estes baixam a taxa de glicose, diminuindo cada vez mais a dosagem das aplicações diárias de injeções de insulina.
   Em relação à prevenção, o diabético (tipo1) deve manter hábito de vida saudável, o que inclui evitar o consumo de alimentos que contenham “açúcar de mesa” (adoçante à base de sacarose), praticar exercícios físicos de baixo impacto, e controlar a dieta alimentar.


Fonte: Site SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes.

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